BROMELIACEAE

Dyckia tuberosa (Vell.) Beer

Como citar:

Miguel d'Avila de Moraes; Tainan Messina. 2012. Dyckia tuberosa (BROMELIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.686.090,959 Km2

AOO:

340,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

A espécie ocorre na Mata Atlântica e Cerrado, nos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Santa Catarina (Forzza et al., 2011). De acordo com Carmo (2006), Dyckia tuberosa, forma densas rosetas sobre os afloramentos no Parque Estadual do Guartelá, município de Tibagi, PR, por tratar-se de uma espécie rupícola. Segundo Versieux; Wendt (2006) a espécie ocorre em faixa altitudinal que varia entre 300 e 1.300 m.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Miguel d'Avila de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

?Espécie amplamente distribuída e considerada como "Menos preocupante"<i> </i>(LC).

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​Este táxon foi descrito por Vellozo (1825), sem a citação de typus. Os registros levantados não devem servir para a avaliação, pois não se sabe a qual entidade biológica este nome está ligado. Nos herbários este nome é utilizado indiscriminadamente, ou seja, não se sabe o que é a espécie, quanto mais se ela esta ameaçada (Forzza, com. pess.).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Segundo Carmo (2006) a espécie foi observada em uma parcela de 30 m em área de Campo Rochoso, Cerrado, representando um VI de 3,3.De julho de 2001 a maio de 2002, Vosgueritchian; Buzato (2006) amostraram 60 indivíduos, ao acaso no afloramento rochoso (Pedra Grande) para caracterizar o número de indivíduos que se reproduz sexuadamente na subpopulação.Vieria et al. (2007) coletaram sementes de 12 indivíduos da espécie na Estação Ecológica de Itirapina, entre os municípios de Itirapina e Brotas, para estudos germinativos.

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Fitofisionomia: Estepe (Plano de Manejo Parque Estadual da Serra do Mar). Formações Campestres e Afloramentos Rochosos (Martinelli et al., 2009).
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude
Detalhes: Espécie terrícola ou rupícola, heliófita e seletiva xerófita ou reófita, 0,4-0,6 m de altura com mais ou menos 30 folhas dispostas em densa roseta, muito rara em Santa Catarina, encontrada sobre rochas nos campos litólicos do planalto, bem como sobre pedras em riachos. Apresenta restrita, descontínua e inexpressiva dispersão (Reitz, 1983). Espécie herbácea (Batalha; Martins 2004). Como há ausência de reprodução sexuada em muitos indivíduos, e esta espécie é dominante no afloramento rochoso estudado (Pedra Grande, Parque Municipal da Grota Funda, Serra do Itapetinga em Atibaia, São Paulo), consideramos que a propagação clonal seja uma estratégia importante para a disseminação de D. tuberosa na área (Vosgueritchian; Buzato 2006).

Ameaças (2):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
11 Other
O Parque Estadual do Cerrado de Jaguariaíva - PR foi considerado com grau de importância e prioridade extremamente alta. Isto é devido a ser ameaçado por queimadas e estar em uma região onde a ocorrência de solos mais profundos é extremamente adequada à prática de agricultura e silvicultura, sendo que as atividades econômicas em torno do parque são fontes de constante impacto, tanto pela invasão do gado, como de espécies vegetais exóticas (como Brachiaria, Pinus e Eucalyptus) (Aguiar, 2010).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.7 Fire
Os incêndios são ameaças constantes às unidades de conservação (SNUC) e, no caso do Parque Estadual do Cerrado, podem gerar efeitos catastróficos visto que ele representa um fragmento com área reduzida, desconectado da matriz dos cerrados no Brasil. Porém, nos cerrados o fogo é um distúrbio frequente, onde exerce inúmeros e diversificados efeitos ecológicos e dessa forma, pode ser identificado como o seu principal fator de formação (Lima; Batista, 1993; Ramos-Neto; Pinheiro-Machado, 1996 apud Koproski, 2010). Não há informações relacionadas a influência direta do fogo sobre a espécie.

Ações de conservação (4):

Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie foi considerada "Em Perigo" (EN) na Lista vermelha da flora do Rio Grande do Sul (CONSEMA-RS, 2002).
Ação Situação
1.1 Management plans on going
- Plano de Manejo Parque Estadual da Serra do Mar- Plano de Manejo do Parque Estadual do Guartelá
Ação Situação
4.4 Protected areas on going
- Parque estadual do Cerrado em Jaguariaíva - Paraná (Aguiar, 2010; Koproski, 2010)- Reserva Pé-de-Gigante, Santa Rita do Passa Quatro, SP (Batalha; Mantovani, 2001)- Parque Nacional das Emas (Batalha; Martins, 2004)- Parque Municipal da Grota Funda, Serra do Itapetinga em Atibaia, São Paulo (Vosgueritchian; Buzato, 2006)- Parque Estadual do Guartelá, Tibagi, Paraná (Carmo, 2006)- Estação Ecológica de Itirapina (Vieria et al., 2007)
Ação Situação
5.7 Ex situ conservation actions on going
Vieria et al. (2007) obtiveram altos índices de germinabilidade de sementes na luz (93%).

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
Ornamental
​Segundo Reitz (1983) a espécie é ornamental.